segunda-feira, 18 de setembro de 2017

45 minutos de "intenso prazer".




Dói.
Todos os dias.
Um ano depois ainda continua a doer.
Mas sabe tão bem...

Este post está há muito para ser escrito. 
É hoje.
E agora, que ainda estou com as pernas bambas da aula da hora de almoço...

Toda a minha vida me lembro de praticar algum desporto. 
Até aos meus 15/16 anos patinagem artística, que tive de deixar por causa dos horários dos treinos quando a escola começou a exigir mais.
Depois a natação. Para não atrapalhar os horários, saía de casa no primeiro autocarro da manhã (6h/6h30?!?!) em direcção à Cova da Piedade, que era onde havia a piscina mais perto do sitio onde morava.

Comecei a trabalhar.
Casei.
Estive uns anos sem fazer "nada".
Voltei à natação, mas rapidamente saltei para a hidroginástica.
Engravidei, mandaram-me "ficar sossegadinha".
Fui Mãe.
Voltei à hidroginástica já a Matilde tinha 1 ano.
Comecei a trabalhar por conta própria. Deixei de ter horários para conjugar.
Experimentei o ginásio.
Desisti.
Experimentei outro.
Continuava sem gostar de ginásio, voltei a desistir.
Mudei de casa, a filha cresceu.
Voltamos à natação, Mãe e Filha, desta vez as duas no mesmo horário.
A Matilde fartou-se da natação. Por recomendação médica, começou a praticar Pilates.
Nova mudança, consegui conjugar o horário dela do Pilates com o meu da hidroginástica.
Fiz 40 anos. Achei piada.
Fiz 41. Doeu.
Comecei a pensar que tinha de cuidar realmente de mim - do meu corpo e da minha mente.

A Matilde quis mudar o sítio onde fazia o Pilates, e eu voltei a tentar adaptar-me ao ambiente de ginásio.
Já fez um ano no principio deste mês.
A Matilde, conjugando as aulas de Yoga, Pilates, algumas outras mais localizadas e treinos personalizados na sala das máquinas deixou de ter queixas da sua coluna.
Eu, definitivamente, sala das maquinas não é para mim.
Tentei, em pouco mais de um ano não sei se fiz uma dúzia de treinos.
Mas, por outro lado descobri o quanto uma aula de Combat pode ser libertadora, ou de Attack (que só quando saímos da sala sem conseguir articular palavra a instrutora fica "satisfeita") pode exorcizar o stress do dia, uma aula de Pump, a levantar ferros me faz conhecer músculos que não sabia existirem...
Qual a que mais vezes me motiva? 
O Cycling. 
Geralmente servido em doses de 45 minutos de "intenso prazer".
Na grande maioria das vezes chego a meio da aula de língua de fora, no final ameaço que não volto, mas o que é certo é que repito. Quase que diariamente. Não é um vicio, mas é viciante.

Sinto-me mais em forma, mais saudável, menos stressada, mais feliz.

Eu, que praticamente toda a vida lutei contra o excesso de peso, dou por mim a fazer exercício pelo prazer do exercício em si, esquecendo-me dos quilos a mais.
Se já perdi peso?
Já. Uns míseros 5 kg.
E volume? 
Dois tamanhos abaixo nas calças.

E a lágrima no olho, quando vais para o provador experimentar uma camisola, que durante muitos anos sempre teve de ser o XL, decides lavar o L, e acabas por pagar o M?
Lágrimas boas essas...


Também por isto tem havido menos Linhas & Agulhas.
A grande maioria das vezes "apago" antes de conseguir pegar-lhes.







3 comentários:

  1. Olá Maria! Sem qualquer dúvida, fazer ginásio é muito libertador. Eu fiz, agora não faço, mas ultimamente tenho tido a vontade de voltar, precisamente pelo prazer que sinto quando o faço, e perder um ou outro quilito também ajuda. Não sou pessoa para ir correr no parque, nada disso. Gosto de estar focada na passadeira ou de fazer uma ou outra aula que me deixe de rastos. Continua, só nos faz bem!

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  2. Adorei ler o teu post.
    Em muito bom caminho, nem tudo são agulhas, temos que fazer o que realmente gostamos e nos tempos certos.
    Beijinho grande e força.

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